sexta-feira, 15 de abril de 2011

#5- Pipa

Já em São Paulo.... Resistindo bravamente à caixa de bombons que me olha nesse momento. Só abrirei a noite.

Ontem QUASE comi. Passei uma raiva tão grande que só um chocolate salvava.

Eu bem bonita vim para SP com uma mala grande (além das roupas, tive que trazer um jogo de toalhas de banho, roupas de caminhada e meu tenis), tipo sacola, minha bolsa normal cheia de coisas dentro e ainda uma mochila com o notebook.

Como no ônibus o ar é bem gelado, deixei um casaco na mão. Ao chegar no Jabaquara, saí toda com pressa querendo chegar logo, me livrar do peso e ainda sair a tempo de um evento que queria ter ido ontem. Mas eu inventei de comprar a merda do bilhete único ao invés de bilhete de metrô comum - e no fim eu vi a muvuca e a distancia e resolvi voltar para comprar o normal mesmo.

Quando cheguei no guichê, fiquei uns 5 minutos falando com a atendente estúpida que simplesmente não tava entendendo que eu não queria recarregar, queria adquirir mesmo e queria saber onde eu teria que fazer isso. Aí beleza, ela finalmente me apontou pra SP Trans e eu ia seguindo cheia das tralhas e, entre o caminho pro guichê (que eu ainda via o meu casaco nas alças da minha bolsa) e o meio do caminho até a SP Trans, eu perdi o meu casaco. Questão de minutos até que eu me desse conta.

Não era horário de pico, mas estava bem cheio, porque o Jabaquara é sempre um inferno.

Resultado: Andei para lá e para cá procurando o casaco e perguntando pra Deus e o mundo que trabalham lá se alguém tinha visto, fui no achados e perdidos e NADA.

Ou meu casaco caiu e algum filho da puta que tava perto dominou, ou ele nem caiu, alguém aproveitou a muvuca e puxou mesmo - o que eu sei que não deve ter sido o caso, mas não deixa de ser uma possibilidade, até porque, se o casaco caiu, eu não sei como não vi ou pisei nele, já que carregava a bolsa pelas alças, como sacola, meio que na frente do corpo... Either way: País de merda.

Se eu estou andando e vejo uma pessoa toda carregada deixando cair algo no chão, ainda mais sem ela perceber, eu pego e entrego para ela. Se eu estou andando e só vejo o negócio caído e não consigo identificar de quem é, eu entrego no guichê mais próximo, caso a pessoa volte em busca do pertence.

Porra, questão de minutos! Menos de 3!!! Novamente: país de merda.

Aí eu fiquei naquele estado colérico, né? Revoltada por ter tanta tralha pra carregar sozinha, puta por ter perdido qualquer coisa, puta por esse país de merda, puta porque não era qualquer coisa. Era a minha melhor jaqueta. Ela combinava com várias coisas do meu armário (incluindo com aquisições e fabricações mais recentes), caia perfeitamente no meu corpo, era confortável e estava em melhor estado do que a minha jaqueta favorita (que já desbotou pelo uso excessivo).

Eu amo minhas roupas. Cada uma delas. A começar porque eu trabalho com elas. Trabalho com imagem, pô! Tem uma profissão que as roupas sejam menos importantes pro profissional do que a minha? Quer me foder é estragar ou dar fim em alguma roupa sem que eu esteja preparada para desapegar.

E eu ando numa fase (eterna) de vacas magras e não posso sair por aí fazendo mil compras. Aliás, na atual conjuntura, não posso fazer NENHUMA compra. Nem pra repor a jaqueta. Quer dizer, medidor da revolta até explodiu.

Aí cheguei aqui com as costas e o pescoço travados por ter carregado mais peso do que uma mula, magoada pela perda do casaco, exausta e com raiva da minha dieta. Cheguei determinada a chafurdar nos bombons. MAS NÃO O FIZ! A caixa continua fechada, intacta, até agora.

Segui firme. De lanche da tarde comi um potinho minusculo de granola com um pouco de leite e nescau (odeio leite puro, não dá). No final da tarde comi uma banana e, como ia demorar para jantar e tava morrendo de fome porque em Santos eu como as 17h/18h, comi meio pacote de pipoca light.

'Jantei' um sanduiche de atum temperado com azeite e salsinha com tomate em rodelas no pão de centeio integral e encerrei por aí.

Hoje de manhã eu criei coragem e fui caminhando até a praça Panamericana.

Na verdade, caminhei por 25 minutos só. O que é bem pouco. Mas a rua tem uma inclinação constante (alguns pedaços mais, outros mais sussa) e eu cheguei aqui mais esbaforida do que sei lá o que e ainda subi os cinco andares de escada. Ao todo só 30 minutos de exercício, se muito, mas pelo menos foi alguma coisa, né? Podia ter ficado aqui deitada lendo, ou sentada trabalhando. Mas eu fui!!!

Me sinto orgulhosa e sinto que mereço um chocolatinho.

Mas só à noite.

Eu sei. Eu sempre sinto que mereço um chocolatinho. Ou porque segui firme na dieta e exercicio e mereço, ou porque to puta e mereço hahahahaha.

2 comentários:

  1. HAHAHA vc não merece um chocolatinho, come um só e some com a caixa e só pq é fds. Caraca que zica hein, é foda, alguem levou po, ou então tá la mesmo e a comunicação é muito boa, qdo voltar passa la e pergunta se tem achados e perdidos, quem sabe, mas ó, roubar roupa no metro é fim de carreira né, a pessoa tem q ser muito imbecil mesmo.
    Força ae!

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  2. eu espero que a pessoa esteja morrendo de frio nesse calor senegales daqui, pq sem comentarios
    eu fui no achados e perdidos e nao tava la! :(((((

    ontem depois do fondue comi só um sonho de valsa trufa preta & branca (MUITO BOM) e depois nem quis mais doce acredita?

    depois posto do fds gordinho hahah

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